Obra de arte do francês Merry-Joseph Blondel ganhou notoriedade como item de maior valor de seguro pedido após o naufrágio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2023/D/X/bCw9MXQBKpqAWqslX8Hg/pintura-de-r-15-milhoes-e-o-objeto-mais-caro-a-afundar-com-o-titanic3.jpeg)
Um dos itens perdidos no trágico naufrágio do transatlântico Titanic em 10 de abril de 1912 foi uma imponente pintura do renomado artista francês do neoclassicismo, Merry-Joseph Blondel. Avaliada em R$ 15 milhões (US$ 3 milhões) no câmbio atual, a obra intitulada “La Circassienne au Bain” pertencia ao empresário sueco Mauritz Håkan Björnström-Steffansson.
Este quadro do século 19, também conhecido como “Une Baigneuse”, retrata uma figura feminina entrando em um banho e é inspirado nas representações artísticas da antiguidade clássica. Sua relevância artística era notável, inclusive sendo exibido no prestigiado Salão de Paris do Museu do Louvre.
Após o desastre, Björnström-Steffansson, sobrevivente do naufrágio, solicitou à White Star Line, a companhia britânica responsável pelo navio, uma indenização no valor de R$ 500 mil (US$ 100 mil) na época, como reembolso pelo quadro perdido.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2023/E/T/LeDJZFTVAl3bwLYenirA/pintura-de-r-15-milhoes-e-o-objeto-mais-caro-a-afundar-com-o-titanic2.jpeg)
De acordo com o pedido de seguro feito por Mauritz, a pintura media aproximadamente 2,5 m de altura por 1,20 m de largura. A origem da aquisição pelo sueco e seus planos para a obra em Nova York, onde prosseguiria com estudos em engenharia química em Washington, D.C., são desconhecidos.
Em agosto de 1913, o jornal New York Times relatou que as indenizações de seguro por perda de vida, propriedade e danos pessoais decorrentes do naufrágio totalizavam R$ 84 milhões (US$ 16,8 milhões), equivalente a cerca de R$ 2,4 bilhões (US$ 500 milhões) nos dias atuais.
VALORES RECEBIDOS
O montante recebido por Mauritz pela perda da obra permanece desconhecido. De acordo com o Artnet, o valor acordado para compensar todos os passageiros afetados ficou significativamente abaixo do solicitado, totalizando cerca de R$ 3,1 milhões (US$ 644 mil), equivalente a R$ 97 milhões (US$ 19,6 milhões) nos dias de hoje.
Além do famoso quadro, outros itens perdidos no naufrágio incluíam um veículo Renault Type CB Coupe de Ville 1912, de propriedade do passageiro de primeira classe e sobrevivente William E. Carter, estimado em R$ 25 mil (US$ 5 mil) ou R$ 745 mil (US$ 150 mil) atualmente.
ACERVO:
No acervo perdido, encontrava-se uma réplica dos escritos de Francis Bacon, originada em 1598, e uma versão do Rubaáyyát, de Omar Khayyam, com uma capa deslumbrante de couro marroquino adornada com ouro, marfim e mais de mil gemas preciosas – a encadernação mais valiosa daquele período. Além disso, havia inúmeras caixas de vinho, fardos de borracha, cortiça e seda.
TITANIC:
O transatlântico RMS Titanic afundou após bater em um iceberg em sua viagem inaugural de Southampton, na Inglaterra, para Nova York (EUA), em 14 de abril de 1912, matando mais de 1.500 pessoas.
Dimensões impressionantes:
O Titanic era um verdadeiro gigante dos mares. Com um comprimento de 269 metros e uma altura de 53 metros, ele era considerado o maior navio de passageiros de sua época. Para sua construção, foram necessários mais de 3 milhões de rebites de aço.
Luxo extravagante:
O Titanic era sinônimo de luxo e conforto. Ele possuía salões magníficos, restaurantes elegantes, piscinas, ginásio, banheiras turcas e até mesmo uma pista de squash. Os passageiros de primeira classe desfrutavam de acomodações luxuosas, enquanto os de segunda e terceira classe também tinham suas áreas distintas.
O navio foi projetado para ser um luxuoso transatlântico e atraiu muitos passageiros da classe alta, incluindo empresários, magnatas, membros da nobreza e celebridades da época. A primeira classe do Titanic era especialmente extravagante, oferecendo acomodações opulentas, restaurantes requintados, salões elegantes e uma variedade de comodidades luxuosas. No entanto, o navio também acomodava passageiros de outras classes sociais, como a segunda classe e a terceira classe, que viajavam em condições menos luxuosas.